O Reformador João Calvino afirmou que o “o homem é um ser essencialmente religioso”. Uma grande verdade. Todos adoram alguma coisa. Se não adoram a Divindade, o Deus Criador dos Céus e da terra, adora um ídolo ou adora uma teoria, ou adora a si mesmo. Mas a essência religiosa do homem clama dentro de si pela adoração.
O Salmista expressa esse sentimento no Salmo 42. “Como suspira a corça pelas torrentes das águas, assim, por Ti, Ó Deus! Suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Vivo; quando me irei e me verei perante a face de Deus?” (42:1,2).
Santo Agostinho, um dos ilustres Pais da Igreja, em suas famosas Confissões, expressa: “Senhor, fizeste-nos para Ti, e o nosso coração estará inquieto, enquanto não repousar em Ti”. E é dele a expressão que “o coração do homem tem um vazio tão grande que é do tamanho de Deus. Por isso, só Deus pode preencher o vazio do coração”. A verdade é que o homem é um ser essencialmente religioso.
Isso nos remete ao Livro das origens, Gênesis na Bíblia, onde registra que Deus criou todas as coisas e criou a raça humana (o homem) à sua “imagem e semelhança” (Gn.1:26). Acrescenta: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou” (Gn.1:27). O homem, a “coroa da criação” é um ser racional, livre, complexo, mortal e com uma alma imortal. Que “olha para cima”. Que deseja falar com o Altíssimo.
A história humana percorre os séculos e nos ensina que ninguém, nenhum tipo de governo ou cultura conseguiu impedir o homem de adorar a Deus, o Deus Verdadeiro, ou alguma divindade fruto de sua imaginação.
Em nosso País, a República Federativa do Brasil, a liberdade Religiosa, é uma conquista e foi garantida como um “Direito Fundamental”, e está na Constituição Federal como Cláusula Pétrea do povo Brasileiro. Diz o art.5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...). VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (...). VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Não é normal ver o governo e a justiça brasileira agindo contra esses princípios Constitucionais. Não é normal ver pastores sendo já impedidos de pregar o que está na Palavra de Deus e ver igrejas sendo obrigadas a tirar de suas redes sociais certos vídeos de pregações que condenam o pecado, feitas dentro de seus locais de culto. E ao mesmo tempo ver a fé cristã da maioria do povo brasileiro sendo escarnecida com um requinte de escárnio e ódio em passeatas nas principais avenidas do País sem nenhuma restrição.
Esse artigo quer apenas lembrar a todos os leitores que a Igreja já está sendo perseguida em nosso País, por um sistema orquestrado que deseja lutar contra Deus, como Faraó no Antigo Egito. E que a Igreja Cristã Brasileira precisa abrir os olhos para esta realidade, antes que as forças se esvaiam como já ocorrido em alguns Países vizinhos. E mantermos firmes o testemunho de nossa fé e a pregação fiel da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Encorajá-los com a lembrança de que perseguição intolerante de sistemas poderosos orquestrados faz parte da história milenar da Igreja Cristã na terra. Jesus disse: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mt.10:28). E a nossa “alma tem sede de Deus, do Deus Vivo” (Sl.42:2). Seguiremos firmes.
Virginia de Oliveira Carvalho.
Deus seja louvado pela sua vida e posicionamento firme de acordo com as Palavras de Vida no nosso Magnífico Deus.
A igreja de Jesus Cristo não vai parar. E Ele sempre estará no controle de tudo e vai nos amparar.👏👏👏