“Busquei o Senhor, e Ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores (medos)”- (Sl.34:4)
Estamos vivendo numa era do medo desde a Pandemia da Covid-19. Além disso o medo da morte. Medo de perdas. Medo da fome. Medo dos efeitos colaterais da pandemia, da vacina. O medo está espalhado por todos os lados, em todas as famílias.
O Salmo 34 é alento para a alma daquele que confia no Senhor: “Busquei o Senhor, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus (medos) temores”. É no Senhor e na sua santa proteção que os nossos medos são curados. Um filho perde o medo quando o pai está perto. O medo é uma das consequências do pecado original. O homem se afastou de Deus e o medo tomou conta do seu coração. São muitos os temores da nossa alma neste mundo. Mas aquele que busca socorro em Deus, vence os seus temores. Este tempo não é para darmos crédito ao medo, mas para aprendermos a buscar refúgio no Senhor.
No livro "Cartas do Diabo ao Aprendiz", de C. S. Lewis, o mesmo autor das Crônicas de Nárnia, publicado em 1942, fala do império do medo e da "A PANDEMIA DO MEDO".
Veja esse trecho de seu livro, também conhecido como “Cartas do inferno”, que narra a sátira do diabo ensinando seu sobrinho as táticas infernais. O aprendiz pergunta ao mestre: - “E como você conseguiu levar tantas almas para o inferno naquela época?
- Por causa do medo.”
- Ah sim. Excelente estratégia; velha e sempre atual. Mas do que eles estavam com medo? Medo de ser torturado? Com medo da guerra? Da fome? - Não. Medo de ficar doente.
- Mas então, ninguém mais ficou doente naquele momento? - Sim, eles ficaram doentes.
- Mais ninguém morreu? - Sim, eles morreram.
- Mas não havia cura para a doença? -Teve.
- Então eu não entendo...
- Como ninguém mais acreditou e ensinou sobre a vida eterna e a morte eterna, eles pensaram que tinham apenas aquela vida, e se apegaram a ela com toda a força, mesmo que isso lhes custasse seu carinho (eles não se abraçavam ou se cumprimentavam, não tinham contato) humano por dias e dias; seu dinheiro (perderam o emprego, gastaram toda a poupança e ainda pensavam que tinham sorte de não ser impedidos de ganhar pão); a inteligência deles (um dia a imprensa dizia uma coisa e no dia seguinte se contradizia, e ainda assim eles acreditavam em tudo); a liberdade deles (eles não saíram de casa, não andaram, não visitaram seus parentes), foi um grande campo de concentração para prisioneiros voluntários!
- Eles aceitaram tudo, tudo, desde que pudessem passar por suas vidas miseráveis mais um dia. Eles não tinham mais a menor ideia de que Ele, e somente Ele, é quem dá a vida e a termina. Era assim, tão fácil como nunca fora.
Esta reflexão de C. S. Lewis deve nos levar, não a uma aventura contra a vida, mas a lembrarmos que o grande antídoto contra o medo é a Vida Eterna que temos em Cristo Jesus, o nosso Senhor, que ao ressuscitar dos mortos, rompeu com os grilhões da morte e nos deu Esperança e segurança. É assim que o Senhor nos livra de todos os nossos temores, ao nos dar a Vida Eterna e curar a nossa alma de todos os nossos temores.